A revolução verde trouxe consigo um conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente a produção de alimentos no mundo, o uso de agrotóxicos foi estimulado sem a preocupação prévia de orientar os agricultores sobre o risco para a sua saúde, meio ambiente e para o consumidor. É indubitável que o uso de agrotóxicos no Brasil está intrinsecamente relacionado a necessidade de maior lucro. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, o país registrou um aumento de 21,2% no uso de agrotóxicos nas plantações em um intervalo de dez anos. Analogamente, os consumidores brasileiros, majoritariamente, não possuem acesso aos produtos cultivados com modos alternativos. Deste modo, a sociedade está à mercê da ingestão de alimentos contaminados. Ademais, o Brasil ainda não dispõe de políticas educacionais voltadas a saúde e conscientização dos trabalhadores rurais, sobre os riscos eminentes do uso dessas substâncias. De acordo com a Unicamp cerca de 1,5 milhão de trabalhadores rurais estão intoxicados no campo. Dessa forma, deve-se ter uma maior fiscalização por parte dos órgãos competentes e uma melhor capacitação no emprego desses produtos no campo. Do mesmo modo, faz-se necessária a atuação de dois agentes: o Estado e o mundo televisivo. Ao primeiro, cabe promover políticas públicas de redução do uso de substâncias, por meio de incentivos fiscais aos produtores, construindo uma produção mais saudável. Já o segundo, deve mostrar -por meio de campanhas publicitárias- como a agroecologia pode ser a melhor maneira de se conciliar a sustentabilidade com desenvolvimento. Deste modo, estabelecendo uma segunda revolução verde.