Nos últimos tempos, devido a perseguições, guerras, pobreza e violações de direitos humanos em seus países de origem, milhares de pessoas advindas do Oriente Médio e da África, principalmente, têm buscado asilo em países europeus, gerando uma crise migratória. Nesse contexto, os imigrantes têm encontrado diversas dificuldades, os números de mortes e casos de xenofobia só aumentam. A fim de resolver estes problemas é necessária uma política migratória unificada. Um dos principais fatores que tem dificultado o asilo dos refugiados é a falta de organização. Enquanto a União Europeia discute onde colocar 120 mil beneficiários de refúgio nos próximos anos, a Alemanha já recebeu cerca de 450 dos 800 mil previstos para esse ano. Ou seja, um país sozinho está fazendo algo que seria muito mais fácil se houvesse a total distribuição de responsabilidade pelos países do bloco econômico. Entretanto isso ainda não ocorre por questões econômicas, aliás refugiados geram altos gastos e parte da população europeia associa mais pessoas com menos empregos, o que sustenta um sentimento xenofóbico. Porém se a questão for analisada a longo prazo, a Europa também precisa do imigrante. A população europeia está cada vez mais velha e as taxas de natalidade estão cada vez menores, dessa forma há uma queda da população economicamente ativa. Ou seja, a vinda destes imigrantes trará sim gastos de imediato, mas no futuro será a solução para a escassez da mão de obra e o colapso econômico. Ademais, vale destacar que estes ocuparão cargos subalternos que os europeus normalmente rejeitam, ou seja, não irão aumentar o desemprego europeu, como alguns sustentam. Portanto, é evidente a necessidade de políticas migratórias mais amplas, que além de prestar um serviço humanitário aos refugiados, servirá como válvula de escape de futuros problemas econômicos. É preciso que a União europeia entre em um consenso e crie uma política migratória unificada, a qual possa dividir contingentes de refugiados de forma proporcional a capacidade de cada país. É preciso também que a mídia europeia, através de campanhas, combata a xenofobia. Dessa forma, a Europa conseguirá aos poucos conter a crise migratória.