Título da redação:

Crise humanitária

Proposta: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 14/09/2015

Desde o primórdio da civilização, a imigração se configura como uma opção, muitas vezes única, para grupos humanos, afetados por crises humanitárias e econômicas, de reaverem a dignidade. No entanto, a xenofobia, crescente nos países em desenvolvimento, vem se juntar às dificuldades resultantes da crise global, e forma um ambiente insustentável, no qual a violência se estabelece como artifício de barragem em fronteiras e manipulação psicológica que visa degradar culturas. A primavera árabe - movimento com anseios democráticos que se inicia em 2011, nos países árabes - traz diversos efeitos para os povos da região, porém, em suma, somente em países com monarquias fortes, como Arábia Saudita e Catar, a população não sofre os efeitos devastadores da revolução. Na Síria, por exemplo, o estabelecimento do grupo radical Estado Islâmico provoca uma guerra civil que faz com que islâmicos se lancem ao mar Mediterrâneo rumo à Europa em busca de sobrevivência. Contudo, além das travessias serem perigosas e fatais, esses imigrantes são recebidos com agressões e ofensas, no início de setembro, à exemplo, uma húngara derrubou um homem com uma criança no colo e chutou outras pessoas. Nesse sentido é crucial destacar a importância da tolerância e do posicionamento da União Europeia para que esses atos sejam abolidos e penalizados. O Brasil também sofre com o problema da xenofobia, nos últimos meses, atentados com balas de chumbinho são dirigidos a haitianos, residentes em São Paulo. E em outras cidades são comuns agressões verbais a eles, como em um vídeo, divulgado no Youtube, em que um homem de Porto Alegre intimida haitianos, e os responsabiliza pelos desempregos substanciais. É notável que existe um racismo ligado à cor e à origem deles por trás dessas ações e os governos estaduais devem unir forças para evita-las. O mundo assiste a intensos fluxos migratórios e a ações desumanas por todo o globo. As medidas ansiados são divergentes, visto que, envolvem de um lado interesses partidários direitistas, ideologias xenófobas e do outro: conscientização humanitária e o ativismo de órgãos da ONU. Num âmbito global, a decisão de Estados Europeus e Americanos de conceder vagas a refugiados deve se multiplicar; mas, para que estes sejam respeitados é fundamental a aplicação de medidas proibitivas e punitivas, a desconstrução de preconceitos, a qual pode ser trabalhada nas escolas, a sanção de leis que inibam a violência e a disseminação, principalmente entre os mais jovens, da necessidade da tolerância e do acolhimento para a construção da paz global. Os governos federais podem se valer de projetos, palestras, campanhas e da adição de valores humanos à matriz escolar. Com demandas nesse sentido, governos europeus e brasileiro agirão na mudança de mentalidades e na construção de uma rede global realmente conectada.