Título da redação:

Conflitos atemporais

Proposta: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 13/04/2016

No século I, conflitos ideológicos entre hebreus e romanos, resultaram na destruição da cidade de Jerusalém, fazendo com que milhares de pessoas, que lá habitavam, se dispersassem pelo mundo romano, esse acontecimento ficou conhecido como a Diáspora Hebraica. No século XIX, após a Segunda Guerra Mundial, a qual exterminou milhões de judeus — holocausto —, a ONU criou o Estado de Israel com o intuito de minimizar as consequências dessa atrocidade. Sua criação fomentou atritos com os habitantes árabes da Palestina, que ocuparam a região durante a Diáspora. Por isso, israelenses e palestinos permanecem em guerra há anos pelo controle da região. Há conflitos como esse em diversos lugares do mundo, os quais culminam na dispersão de milhares de pessoas de suas terras natais, com receio dos perigos iminentes a vida de seus familiares. Uma pequena parcela desses indivíduos consegue refúgio em países da Europa. Assim como na antiga cidade-estado grega, Atenas, na qual os estrangeiros não detinham direitos políticos e eram tratados com aversão pelos atenienses, os refugiados tendem a enfrentar além da baixa qualidade dos recursos oferecidos, o preconceito por parte dos europeus — a xenofobia devido à construção equivocada de um estereótipo caracterizado pelo extremismo religioso e a ataques terroristas precedentes. Em decorrência da baixa porcentagem de imigrantes aceitos como refugiados, há a formação de diversas comunidades nômades que percorrem ambientes hostis a pé ou em embarcações improvisadas, à procura de proteção, enfrentando, nesse contexto, diversos riscos à saúde. Além disso, tornam-se suscetíveis a acidentes e confrontos sociais. Imerso nesse âmbito, é evidente a crise humanitária em que o mundo contemporâneo permeia. Destarte, infere-se que se faz necessária a intervenção em alguns países por parte da ONU, visto que suas guerras civis atormentam a sociedade global como um todo. Outrossim, países da União Européia devem: refugiar um número mínimo de pessoas; doarem pequenos lotes de terras; promoverem a inclusão dos refugiados na sociedade com a garantia de vagas em instituições; introduzi-los no mercado de trabalho. Por fim, devem, por intermédio de campanhas, palestras e debates, conscientizar a população em relação às diferenças étnicas e culturais. Dessa forma, os refugiados introduzidos na comunidade europeia conseguirão retomar suas vidas sem uma interferência terceira ruim e, por conseguinte, evitando novas diásporas.