Após 200 anos do início do imperialismo do século XIX, que subordinou as nações do norte africano aos interesses das potências europeias, começa a surgir algumas consequências desse processo: milhares de refugiados sem estruturas de sobrevivência em suas nações de origem. Aliado a esse fator tem-se a xenofobia e o fluxo capitalista que transformam a saga dos refugiados em uma verdadeira brincadeira de "batata quente". Resta avaliar, no entanto, quais ações devem ser tomadas pelos órgãos e países responsáveis. Em meados do século XIX a forte presença das nações europeias no continente africano contribui para a desestruturação desse local historicamente maltratado. Assim, a escravidão, com a justificativa de missão civilizatória, atrasou por anos a evolução dos países africanos bem como proporcionou a criação de preconceitos e relações de superioridade, construindo um ideário de aversão para com os não europeus. Tais fatos culminaram na incapacidade de criação de políticas públicas que possibilitassem o pleno desenvolvimento de condições para uma vida digna. Devido a esses fatores, as diferenças étnicos, culturais e religiosas, que caracterizam as nações africanas, acentuaram-se, construindo um verdadeiro ambiente de guerra. Dessa forma, o próprio Estado ameaça a população, perseguindo-os. Assim, a ausência de água e de saneamento básico e a escassez de alimentos transformam-se em estopim para disputas locais e regionais, o que acaba obrigando o governo a se posicionar, sendo por vezes a perseguição a ação escolhida. Além desses aspectos, o medo da população de destino em ter a cultura transformada pelos imigrantes contribui para o ineficaz posicionamento dos países e da ONU(Organização das nações unidas). Dessa forma, a saga dos refugiados encontra uma barreira maior mesmo após a aceitação por parte dos países alvo: a xenofobia. Percebe-se, portanto, que a atual batalha migratória dos refugiados possui causas históricas e encontra a ineficaz atuação dos órgão internacionais de direitos humanos como agravante. Para contornar essa situação, é preciso que a ONU fomente reuniões entre os líderes dos países envolvidos, pressionando-os a estabelecer uma ação efetiva de aceitação dos refugiados, sem distinção étnica ou econômica. É imprescindível, dessa forma, criar condições para que os refugiados se estabeleçam, oferecendo incentivos estatais para as empresas que contratarem os novos habitantes. Com tais ações, os refugiados poderiam se integrar ao país e contribuir para seu desenvolvimento.