Os movimentos migratórios sempre estiveram presentes na história da humanidade e os motivos para a ocorrência de tal fenômeno são diversos, tais como a busca por melhores condições de vida, a fuga de guerras e de perseguições étnicas, ideologias políticas, entre outros. Porém, o processo de migração vêm se intensificando desde metade do século passado e teve como apogeu a Segunda Guerra Mundial, essa a qual resultou no êxodo de diversos povos para países considerados seguros. Como produto do ato migratório vislumbra-se o sincretismo de culturas, de raças, de crenças, o que tem como ápice a formação de uma nação heterogênea. Atualmente, o mundo se encontra em uma nova crise migratória, que se dá, principalmente, entre os indivíduos que estão sendo assolados por guerras e conflitos civis. A maior onda de transladação está ocorrendo entre os sírios, os afegãos,os eritreus, fato que pode ser ratificado pelo dado apresentado pela União Europeia, em 2015, no qual afirma-se que cerca de 2 milhões de estrangeiros chegaram aos países constituintes do bloco europeu. No entanto, a entrada desses refugiados está causando a fúria em parte da nação europeia, o que evidencia o sentimento xenofóbico dessa sociedade, ou seja, a aversão ao que lhe é diferente. A ojeriza a esses migrantes, aumenta a medida que grupos terroristas, provenientes dos Estados de origem dos refugiados, promovem o medo nas sociedades ocidentais, por meio de ataques terroristas, sequestros e ameaças. Dessa forma, cria-se o estereótipo sobre os refugiados, uma vez que,como dito anteriormente, esses são provenientes de países como Síria e Afeganistão, os quais são considerados o "berço" dos propagadores do terror ao mundo. Em suma, para evitar argumentos de cunho xenofóbico e a segregação, os Estados e e as Instituições Internacionais, como a Agência da Organização das Nações Unidas para refugiados (ACNUR) devem utilizar de manobras diplomáticas. Como exemplo de sucesso dessa atitude, tem-se o que ocorreu na década de 70, em que logo após a Guerra entre o Vietnã e os Estados Unidos houve o fechamento de um acordo, no qual os países ricos ficaram incumbidos em acolher os refugiados, os quais estavam utilizando de frágeis embarcações e que se encontravam em situação similar aos dos homiziados do mediterrâneo, e o Vietnã, deveria frear a saída dos denominados "boat people". Outro ponto de extrema relevância é a criação de programas de integração para os expatriados e a conscientização sobre o acolhimento desses povos, uma vez que personalidades representativas da história, como Einstein e Ban Ki Moon, também já foram refugiados e obtiveram sucesso, devido ao apoio recebido das nações que os acolheram.