Título da redação:

A Vulnerabilidade Social das Refugiadas

Tema de redação: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 02/10/2015

A crescente desigualdade entre as regiões do globo, assim como o agravamento das guerras civis, intensificaram o deslocamento populacional. Segundo o ACNUR, em 2014 foram cerca de 59,5 milhões de deslocamentos por conflito, sendo metade desse contingente formado por mulheres adultas e crianças. Esse gênero sofre, dessa forma, tanto com a vulnerabilidade enfrentada desde o percurso até o novo país, quanto com a adaptação cultural. São inúmeras as dificuldades impostas aos refugiados, principalmente quando se envolve o sexo feminino. Ao serem forçadas a abandonar seus países de origem, as mulheres iniciam um percurso difícil em busca de um novo local para viver. Além de enfrentar longos períodos sem comer e/ou beber, são privadas de condições básicas de higiene. Outrossim, estão sujeitas ao tráfico de pessoas para fins sexuais. Esse crime transfronteiriço alcança proporções extremas no atual século, devido em especial à vulnerabilidade feminina ao chegar a um país desconhecido. Vale ressaltar, também, a dificuldade das refugiadas de se inserir no mercado de trabalho em virtude, sobretudo, da xenofobia. Apesar de todas as adversidades sofridas ao sair do país de origem, a melhor opção para as mulheres residentes de países com guerra civil é a fuga. Ainda segundo o ACNUR, o país com maior número de refugiados e deslocados internos é a Síria. Apesar desse país manter um estilo de vida bastante singular se comparado ao do Ocidente, em especial na relação mulher-sociedade, a evasão populacional para essa área é intensa. Cientes da necessidade de apoio e atenção especial das mulheres, a ONU estabeleceu compromissos que visam restituir a qualidade de vida entre as refugiadas, sendo uma das metas o combate à exploração sexual. A intensificação do número de refugiados alerta o mundo para o dever de fornecer a esse contingente populacional maior qualidade de vida. É necessário, portanto, que o governo participe mais efetivamente do combate à exploração sexual de refugiadas, por meio de campanhas e assistência médica às agredidas. É válido, também, que as escolas promovam debates e projetos de ajuda e acolhimento a esse grupo. Essa ação promoverá, inclusive, a formação de jovens mais engajados socialmente.