Desde a antiguidade, pessoas são obrigadas a se refugiar do seu país pelas mais variadas causas, desde guerras até situações econômicas. Essa prática possui registros em civilizações como a Hitita, a Babilônica e o Egito Antigo. De lá para cá, não houve grandes mudanças quanto à necessidade de muitos povos de fugir de conflitos e perseguições, gerando uma verdadeira saga de refugiados, que precisam equilibrar seu caminho entre a fuga e a xenofobia. Exemplo disso são as recentes correntes imigratórias partindo da Síria e do Afeganistão com destino ao continente europeu. Milhões de pessoas estão arriscando suas vidas em uma travessia marítima precária. A chegada em massa de estrangeiros está despertando a fúria de alguns grupos em países alvo da imigração, gerando xenofobia e conflitos como os ocorridos na Alemanha, França e Bélgica. Cogitou-se até mesmo a construção de um muro nas fronteiras entre Sérvia e Hungria para evitar a entrada de imigrantes. Em outra frente, além da imigração forçada, a busca por uma vida melhor tem incentivado muitos a buscar novas oportunidades em países ricos. Uma recente consequência disso foi a saída do Reino Unido da União Européia. Uma pesquisa da rede BBC com pessoas que votaram no referendo a favor da saída demonstrou que a preocupação com os imigrantes foi o principal argumento para o sim. A união de todas essas correntes imigratórias trazem um grande problema a ser administrado, e a solução passa pelo bom senso. Portanto, medidas a respeito dos refugiados e imigrantes e da xenofobia envolvida no processo imigratório devem ser implementadas com celeridade. A agência da ONU responsável pelo assunto precisa ter papel central nas iniciativas, negociando com os países a recepção das pessoas e disponibilizando recursos para que o impacto financeiro possa ser minimizado, além de auxiliar na socialização dos imigrantes. Esses, por sua vez, precisam ter em mente que a adaptação a um novo local exige sacrifícios e que as leis e regras do novo local devem ser respeitadas. Por fim, tratar o problema colocando em primeiro lugar ideais como igualdade, liberdade e fraternidade trará para todos um final satisfatório.