Título da redação:

A sobrevivência através do Mare Nostrum

Proposta: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 21/09/2015

Síria, Nigéria, Afeganistão. Esses três países possuem uma característica em comum: são as regiões que mais perdem refugiados hoje, principalmente devido a violência extrema em seus territórios. Se o imigrante que corre perigo em seu país de origem tem o direito internacional de pedir asilo desde a Segunda Guerra Mundial, por que alguns lugares dificultam a sua entrada? Primeiramente, é preciso compreender o que está motivando essas fugas em massa, que ocorrem devido a ação de grupos extremistas, como o Boko Haram e o Estado Islâmico, com políticas agressivas, brutais e terroristas, provocando guerras no norte da África, na Síria e no Iraque; além das restrições de direitos e da baixa qualidade de vida. Com isso, milhares de pessoas estão atravessando o Mar Mediterrâneo em busca de ajuda, principalmente da Grécia e da Itália, pois são as rotas de fuga mais curtas. Na maioria dos casos, essas viagens são ilegais, onde traficantes cobram um preço alto para fazer a travessia em situações precárias e sem garantia não só de chegada, mas de sobrevivência. Inicialmente, a União Europeia reforçou as fronteiras, mudando sua ação apenas após uma pressão popular mundial que ficou chocada com as imagens de crianças mortas nas praias do sul europeu. Porém, mesmo com essa comoção e de alguns Estados dispostos a receber esses refugiados, como a Alemanha, EUA e o Brasil, a visão europeia ainda possui um olhar xenofóbico e etnocêntrico, onde acreditam erroneamente que esses imigrantes vão roubar seus empregos e invadir seu espaço. Logo, regiões como o Reino Unido e França vem bloqueando a entrada dessa população. Fica evidente, portanto, que enquanto não for combatido os grupos terroristas, os indivíduos não terão lugar para morar e continuarão fugindo para os países mais próximos para garantir seu direito de viver. Dentre as medidas necessárias a serem tomadas para amenizar a situação enquanto os extremistas não são suprimidos, está a ajuda humanitária organizada por órgãos internacionais para receber as pessoas com roupas, comida, abrigo e produtos de higiene básica; uma política por parte do país responsável pelo refugiado que promova subsídio, ofertas de emprego, socialização e punições em relação a xenofobia; união entre países para resgatar os refugiados em segurança e de maneira legal e organizada, distribuindo-os sem sobrecarregar nenhuma nação.