Título da redação:

A primavera que se tornou inverno

Proposta: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 29/09/2015

No Oriente Médio, mais especificamente na Tunísia, uma atitude desesperada deu início a uma série de manifestações públicas que visavam a queda de um governo ditatorial que não satisfazia as necessidades da população: um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo em forma de protesto. Essas manifestações inspiraram outras nações descontentes com suas realidades. Dentre essas nações está a Síria. A Síria vive hoje uma Guerra Civil. Essa Guerra acontece, principalmente, por questões religiosas e as pessoas são as mais prejudicadas em toda essa história: muitas morreram nos conflitos armados, outras ficaram desabrigados, outras ainda ficaram sem condições básicas para viver. O desespero do jovem tunisiano por mudança tornou-se ação desesperada por sobrevivência e o que antes era primavera, se transformou num inverno frio e dramático: milhares de sírios preferem arriscar suas vidas em travessias perigosas no mar considerando as poucas chances de saírem vivos e a incerteza de estadia no país de destino a ficar em sua terra natal e ter a morte como única possibilidade. Quando sobrevivem a turbulenta travessia, vivem mais situações desesperadoras: o preconceito por serem estrangeiros. O governo dos países que recebem imigrantes tem o dever de conceder abrigo e condições dignas a essas pessoas, afinal, se o poder público não cumprir seu papel oferecendo auxílio, os xenofóbicos (pessoas com preconceito contra estrangeiros) se julgarão no direito de repudiar a presença destes que não são estrangeiros - que remete a estranheza - e sim semelhantes, por serem de espécie humana. A solução imediatista está no investimento em Ong's ou projetos que apoiem os migrantes nessa jornada. A solução eficaz está na mudança de cenário dos países de onde provém essas pessoas: se a Europa tem o dever de receber migrantes (refugiados e econômicos), a Síria e países do Norte da África tem o dever de olhar com humanidade para a situação de seu povo e garantir-lhe os direitos que são universais.