Na opinião do economista Milton Friedman, “não existe almoço grátis”. Essa ideia expressa a impossibilidade de se conseguir algo sem dar nada em troca. Nesse sentido, o gasto com os presídios no Brasil é uma problemática mantida em detrimento de outros serviços públicos essenciais ao povo brasileiro. Diante disso, as ideias do economista não refletem a atual situação carcerária brasileira, de modo que é necessário buscar maneiras eficazes para manter o sistema carcerário, sem onerar a sociedade, bem como ações de prevenção que mitiguem a evolução do número de presos. É axiomático que o gasto com o sistema carcerário é prejudicial à economia e, consequentemente, aflige os gastos com políticas sociais de um Governo. De acordo com o levantamento da instituição “Politize”, o custo mensal por preso é de cerca de 2400 reais, e, segundo o IBGE, a população carcerária hoje conta com 702 mil presos. Por outro lado, apesar do caótico contexto, o Estado investe brandamente na realocação dessas pessoas na sociedade, sendo que a maioria delas enquanto está privada de liberdade, não estuda e sequer trabalha. Logo, investimentos que poderiam estar na saúde ou educação são utilizados para manter fora do convívio da sociedade indivíduos que não retornam nada à sociedade enquanto reclusos. Da mesma forma, o investimento na educação dos é a maior maneira de diminuir a evolução do sistema presidiário. Consoante Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Por esse viés, a raiz do problema, é a fraca educação nos valores sociais que os presidiários receberam durante a vida, sendo necessário ressignificar, nas escolas, o valor do trabalho digno e da busca de melhores condições sociais por meio do estudo. Dessa maneira, as ideias de Friedman seriam reconhecidas, e os presídios seriam evitados, pois, seria reconhecido socialmente, o mérito digno de se conseguir o próprio sustento através do esforço. Em vista dos fatos mencionados, é necessário a mudança do sistema prisional, utilizando o trabalho e a educação como armas para se combater o aumento dos presídios. Assim, o Governo Federal deveria implementar políticas para sanar o problema. Por meio de associações Publico Privadas seria implementado o trabalho compulsório nos presídios e, com possibilidade do preso, após cumprir sua pena, continuar trabalhando na empresa, para dessa maneira, visar a reflexão do preso para um mundo novo, de oportunidades. Não obstante, o Ministério da Educação, por meio de dias de conscientização e palestras, precisa investir em uma maior correlação da escola com o mundo do trabalho, haja vista que muitos estudantes não enxergam a escola como plataforma de ascensão social, podendo, assim, levar os estudantes a reflexão dos seus valores e a necessidade de construir uma sociedade que cada um saiba a importância de seu esforço para com os outros.