O Brasil, encontrado em 1500, fomentou através dos relatos de Pero Vaz de Caminha a ideia de um paraíso terreno ao povo europeu nas terras do Novo Mundo. entretanto, o nocivo método de colonização e o carácter imoral dos pioneiros os quais compunham a onda migratória galega resultaram em um desenrolar histórico desproporcional ao ideal criado. Atualmente, somos uma nação debilitada, portadora de inúmeros problemas sociais, como o aumento de homicídios entre os jovens, que se revela como consequência dos gargalos históricos na educação brasileira. Assim, é imprescindível o diálogo entre os atores sociais acerca das mudanças que oportunem a todos o gozo dos seus direitos. Do ponto de vista analítico do sociólogo Paulo Freire, a educação é componente inerente para a manutenção da dignidade humana. Não obstante, são os jovens os mais dependentes e contemplados pela educação básica, responsável pelo auto-sustento do indivíduo, que sem ela está sujeito aos efeitos da criminalidade e ao mercado informal. Nesse sentido, dados do Ministério da Educação e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública(FBSP) corroboram para a tese do orquestramento da juventude para o mundo do crime, visto que foi apresentada uma queda de quase 15% no número de matrículas no ensino fundamental entre 2013 e 2017, ao mesmo tempo em que cresceu mais de 7% a parcela de jovens vítimas de homicídios em território nacional no mesmo período. Além disso, em face do ofício do Estado brasileiro de zelar pela isonomia de oportunidades e o bem-estar social, a União tem faltado com a providência adequada dos recursos destinados à educação. O fato é que houve uma queda de mais de 65% nos investimentos em educação nos últimos 5 anos de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional. Desse forma, a escola, responsável pelo amparo dos jovens ao mercado de trabalho contemporâneo pouco tem como concorrer pela atenção destes em detrimento dos ganhos ilegais do tráfico de drogas e outros precursores da alta taxa de homicídios na sociedade brasileira.