Muitos são os problemas enfrentados pelo atual sistema carcerário brasileiro, como a superlotação e o precário saneamento encontrado. Em uma falha tentativa de justifica-los, como causa disso o governo apresenta a falta de verba e os altos gastos com os presídios, mostrando a necessidade de novas alternativas que redistribua os gastos. Em primeira instância, vale ressaltar a maior responsabilidade financeira que os presos deveriam ter com suas dívidas. Uma pesquisa publicada pela revista “Isto É” mostrou que sete em cada dez presos voltam para o mundo do crime ao sair da prisão. Isso acontece porque não há um bom planejamento socioeducativo para estes e, ao fazê-los pagar por sua “estadia”, possivelmente os tornariam mais conscientes de suas responsabilidades civis. Mesmo para o detento poderiam ser oferecidas como alternativa empregos, não remunerados, não a fim de diminuir o tempo de penalidade do indivíduo, mas sua dívida pública. Desta forma, além de conscientizá-lo, também haveria contribuição para a economia do país. Convém ponderar ainda sobre o dever do governo no valor dessas dívidas, uma vez que há discussões sobre pagamentos aos presos e adjacentes que podem ser reajustados. Embora muitas notícias a respeito sejam falsas, alguns ajustes realmente podem ser feitos como, por exemplo, a diminuição do auxílio reclusão dado à família, a qual quase chega ao valor de um salário mínimo. Ajustada conforme o número de dependentes, os carcerários terão dívidas altas, porém menores e dentro dos limites para que possam ser pagas. É indubitável, portanto, que é possível resolver os problemas do gasto excessivo com o sistema penitenciário. Cabe ao Governo Federal e Estadual oferecerem alternativas, como trabalho agrícola e de construção ou manutenção de edifícios e patrimônios públicos, promovendo simultaneamente a integração deste detento novamente na sociedade e a diminuição da sua dívida. Assim, o Brasil poderá viver uma melhora em suas prisões.