É inaceitável que uma mulher seja violentada fisicamente ou moralmente, porém, isso ainda acontece muito no dia a dia, principalmente no transporte público, segundo dados do jornal Folha de São Paulo. Desse modo, percebe-se a importância de debater o tema do assédio sexual no Brasil, e ainda, há um fator que não pode ser negligenciado, que é saber o limite entre o que é assédio sexual e o que não é. Em primeira análise, cabe pontuar que alguns movimentos feministas pregam o ódio aos homens e esquecem que a luta é pela igualdade de gêneros e não por superioridade. Vale ressaltar, que o Estado assegura ao cidadão o direito à liberdade de expressão e que nem todo tipo de abordagem como um elogio ou um assovio deve ser considerado assédio sexual. Porém, existem casos que devem ser punidos, isso quando uma mulher tem sua dignidade sexual violada, como quando é tratada com falta de respeito mesmo que sem contato físico e pior ainda se houver contato sem consentimento. Ademais, convém frisar que debater o assunto é fundamental para minimizar o problema, pode-se tomar como exemplo o metrô de São Paulo que após campanhas realizadas dentro dos trens e estações incentivando as denúncias e apoiando as vítimas conseguiu diminuir pela metade os casos de assédios dentro do transporte metroviário. Além disso, fazendo uma analogia a Lei de Newton que diz: "Para toda ação há uma reação de mesmo módulo, mas de sentido e direção diferentes", pode se inferir que a ação de discutir o assunto causará um resultado contrário, ou seja, expor o tema assédio fará com que o mesmo venha a diminuir. Portanto, medidas são necessárias para atenuar o impasse. É imprescindível que haja debate sobre o tema do assédio sexual, para isso o Ministério da Educação deve criar campanhas que serão realizadas nas escolas, integrando por meio dos alunos a comunidade e a sociedade em geral para prover informações e realizar debates acerca do tema. Além disso, o governo deve aprovar leis que obriguem empresas de transporte público a criarem canais de denúncia e apoio às vítimas, pois são em ônibus e trens que os casos de assédio ocorrem com maior frequência.