Em 2016, um grupo de mulheres organizaram uma campanha nas redes sociais, denominada"meu primeiro assédio", com a intenção de denunciar casos ocorridos no país.Infelizmente, tal discussão foi restrita a uma parte da população, não abrangendo grupos que são assediados e não fazem queixa, devido à vergonha causada pela falta de diálogo sobre o tema. Segundo o portal de notícias G1, grande parte das mulheres que sofrem violência de cunho sexual,principalmente em lugares públicos, não denunciam, alegando que não se sentem confortáveis em ir à delegacia, pois para elas o assunto é delicado e constrangedor, logo não fazem a denúncia necessária para que a lei seja comprida. Para o historiador Leandro Karnal a recusa em denunciar é fruto de pouco debate sobre o tema, que por consequência torna-se desconfortável para a maioria da população .Além disso, é preciso lembrar que a falta de diálogo não afeta, apenas as queixas nas delegacias, mas também o psicológico das vítimas, visto que, elas não se sentem abertas à conversar com outras pessoas, portanto não buscam ajuda para os problemas decorrentes do assédio. Dessa forma, faz-se necessário a criação de grupos de discussão,pela comunidade civil em conjunto com movimentos sociais, que discutam sobre o tema, bem como métodos de prevenção, tornando o assunto mais debatidos em várias esferas da sociedade. Ademais o Ministério da Justiça, deve fornecer verba para a criação de centrais de atendimento , na qual a vítima possa fazer denuncias anônimas e conversar com psicólogos, diminuindo, assim, a impunidade e garantindo a saúde mental das vitimas.