Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A relevância do debate acerca do assédio sexual no Brasil

Redação enviada em 29/10/2017

No Brasil, são recorrentes os casos de "aproximações não bem-vindas " em sistemas de transportes públicos. A grande incidência desses atos abriu espaço para a discussão acerca do assédio sexual no país. A persistência de casos de estupro, pedofilia e exploração sexual no Brasil torna de suma importância o debate sobre esses assuntos, de forma que suas constâncias não venham a se firmar como naturais na sociedade. O assédio sexual é um problema de âmbito mundial que, embora ganhe destaque em função da violência masculina contra a mulher, não distingue gênero ou idade. Os casos de pedofilia, por exemplo, denotam uma grande porcentagem da violência no país, logo, deveriam não só julgar o abusador com a ideia de estar assim ressarcindo a vítima, mas tratar a ambos como sintomas de um problema maior. Essa necessidade faz-se presente pois há, na vítima, a predisposição para perpetuar o ciclo de violência ao qual foi submetida, segundo afirmam as pediatras Luci Pfeiffer e Edila Salvagni; e, quanto ao abusador,há a possibilidade de tratar sua parafilia. Em âmbito nacional, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 50 mil estupros acontecem por ano no Brasil, e, conforme o Ministério dos Direitos Humanos, aproximadamente 22,8 mil crianças sofrem violência sexual dentro das próprias casas. A violência sexual pode ainda acarretar sérios problemas de saúde, como DST´s e impactos negativos à saúde mental. Por essa razão, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tem como objetivo colocar a violência sexual contra a mulher, o maior alvo desse tipo de violência, como um problema de saúde pública. Para reverter os exorbitantes números de atentado ao pudor na sociedade brasileira, o Ministério dos Direitos Humanos deve agir a favor da dignidade sexual no país. Em conjunto aos órgãos de proteção, como a Delegacia Especializada da Criança, Mulher e Idoso, campanhas publicitárias devem incentivar a ação da denúncia, demonstrando a importância da intervenção do Estado na defesa da vítima. Além disso, em casos de abuso à menores, a vítima deve passar por intensivo acompanhamento psicológico financiado pelo Governo, visto que após uma experiência sexual traumática na infância, a vítima pode vir a se tornar um abusador em potencial. Somente então a luta contra o assédio começará a tomar forma.