A sociedade brasileira possui a sua história marcada por desigualdade e fundamentada na perspectiva machista de dominação. Partindo disso, percebe-se o legado da conflituosa relação de gênero atual, responsável por atitudes como o assédio sexual, este impulsionado pela violação da integridade física, moral e simbólica contra mulher. É indubitável que as mulheres no Brasil obtiveram seus direitos tardiamente em comparação ao homens, sendo a discussão do sufrágio feminino inciada apenas em 1890. Apesar do passar dos anos perpetuarem conquistas, ainda há uma relação desigual escancarada e com persistente violação da integridade física e moral feminina, nota-se isso tanto nas insinuações sexuais verbalizadas como em toques indesejados, sendo estes comuns em transporte públicos. Outrossim, vale ressaltar a violência simbólica, termo utilizado pelo sociólogo francês Bourdieu, a qual refere-se a dominação da mulher tomada como natural por certas correntes de pensamento. Nesse contexto, infere-se uma tentativa social de justificar essa violação como biológica, logo contribuindo por assédio como algo natural sobre mulheres. Ademais, soma-se a tal situação a desvalorização cultural presentes em músicas e na mídia referentes a " objetificação" gerada pelo machismo. Entende-se,portanto , uma necessidade de debater a situação. Desse modo, cabe a Justiça Federal criar campanhas nas redes de comunicação ,com verba da Receita Federal , abordando as formas de configuração de atos criminosos e conscientizando os meios de recorrer à justiça.