Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A relevância do debate acerca do assédio sexual no Brasil

Redação enviada em 26/10/2017

Observa-se que os recentes casos de abusos sexuais em transportes coletivos denunciam a insegurança que as mulheres enfrentam diariamente no Brasil. Essa é uma questão que está atrelada a cultura patriarcal e a objetificação da mulher na sociedade. Por esse motivo, sua discussão se faz necessária para que possamos superar este problema. Apesar da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovar um projeto de lei que configura como crime a conduta do frotteurismo - ato de se esfregar em outra pessoa sem o seu consentimento - ainda há muito o que se avançar em relação ao assédio sexual no Brasil. Dados divulgados pela Campanha Chega de Fiu - Fiu levantam que 85% das brasileiras já tiveram seu corpo tocado publicamente sem sua permissão. Isso demonstra que a cultura do assédio está relacionada a banalização da imagem feminina, ou seja: sua aparência é mais valorizada do que os outros aspectos que compõem sua personalidade. A objetificação está presente nos mais diversos setores da sociedade. Um exemplo é a forma como a mulher é colocada em peças publicitárias. Em muitas campanhas, as mulheres são totalmente estereotipadas e sexualizadas, onde o seu corpo é alvo de desejo do público masculino. Além disso, a sociedade negligência esse tipo de comportamento acompanhada por um discurso onde a vítima é colocada como culpada pela atitude do abusador. Muitos usam a justificativa de que a própria mulher pede para ser abusada ao utilizar roupas curtas ou apertadas. Portanto, discutir as razões que levam a conduta do assédio é o caminho para combater esse problema. Segundo Immanuel Kant " O homem é aquilo que a educação faz dele" sendo assim, o Ministério da Educação poderia promover palestras e cartilhas sobre igualdade de gênero levantando o debate sobre o assédio entre alunos, familiares e professores. O Estado poderia criar nos transportes coletivos espaços exclusivos para o público feminino, evitando que elas sejam vitimas de toques indesejáveis. O Ministério da Justiça poderia punir as agências publicitárias que produzirem e divulgarem campanhas que ferem com a integridade moral das mulheres.