O abuso sexual não envolve necessariamente violência física, mas sim qualquer forma de constrangimento sobre um indivíduo em situação de inferioridade. Nesse aspecto, é pertinente casos dessa violência contra as mulheres, no qual é necessário debater e buscar soluções. Nesse contexto, embora seja vivenciado um aumento das denúncias contra esses casos, o modelo educacional centrado no homem é medida que se impõe. Em primeira análise, cabe pontuar que a educação patriarcal brasileira traduz os assédios sofridos pelas mulheres. Nesse sentido, esse modelo educacional, como o próprio nome indica, caracteriza-se por ter como figura central o patriarca, ou seja, o homem, enquanto que as mulheres assumem papel secundário. À vista disso, vale ressaltar o caso de uma figurinista que foi assediada pelo ator Jose Mayer, e, em um relato, o ator firma a culpa em uma geração educada com princípios machistas, na qual ele pertence. Dessa forma, é imperioso uma reeducação social para transformar este cenário que ainda apresenta os homens como detentores de direito e liberdades não concedidos às mulheres. Ademais, convém frisar que devido a uma política de conscientização, é notório o crescimento das denúncias contra o assédio. Nessa perspectiva de aumento, setores da sociedade civil, como ONG’s e o movimento feminista se mobilizaram a favor de medidas enérgicas contra esses aumentos. Essas mobilizações refletiram em novos projetos de leis, como o que foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que cria a figura do crime de constrangimento ofensivo ao pudor em transporte público, no qual, esse cenário representa o maior número de casos. Dessa maneira, a criação de leis mais rígidas, estimula as mulheres a denunciar, mas soluções mais firmes devem ser tomadas. Torna-se evidente, portanto, que medidas se fazem necessárias para atenuar essa problemática. É imprescindível que o Ministério da Educação, implementem na educação infantil, disciplinas que lecionem sobre respeitar os limites de cada indivíduo, já que para reeducar uma sociedade é necessário reestrutura-la pela base. Outrossim, cabe a sociedade e os movimentos sociais, como o feminismo, solicitarem leis mais rígidas ao Poder Legislativo, com o fito de diminuírem esse tipo de violência. Logo, com essas soluções, poder-se-á atenuar essa problemática.