Desde a segunda metade do Século XX, o movimento feminista vem lutando, ao redor do mundo, para garantir direitos iguais e dignidade à população feminina. Contudo, grande parte das mulheres relata ter sofrido algum tipo de violência, dentre eles, o assédio sexual. Recentemente, vários debates têm sido feitos abordando o assunto e a sua relevância consiste na tentativa de se apresentar à sociedade brasileira a gravidade do assédio sexual e, consequentemente, evitar outros tipos de agressões, como estupro, por exemplo. A pouca discussão ou má abordagem do tema é responsável, em grande parte, pela culpabilização da vítima. Segundo a Folha de São Paulo, cerca de 60% dos homens acreditam que a vestimenta de uma moça justifica o assédio. Tal declaração prejudica a devida punição dos agressores, pois a mulher violentada não encontra apoio para realizar a denúncia. Por conseguinte, abre-se espaço para a normatização de outros tipos de violência, como estupros e feminicídio. De acordo com o Correio Braziliense, o combate ao assédio sexual no Distrito Federal reduziu os casos de assassinato por questões de gênero, mostrando assim a correlação entre as agressões. É necessário, portanto, reverter essa realidade no país. Cabe à sociedade pressionar seus governantes para que aprovem a PL 740/2015, que garante maiores punições para quem comete assédio sexual, e que órgãos federais de publicidade produzam mais propaganda, a fim de se conscientizar a população. É preciso garantir às mulheres os seus direitos.