O assédio sexual é um triste fato muito presente na sociedade brasileira, pois desde a sua formação como nação, a nossa sociedade ainda mantém algumas as características arcaicas como o machismo e o sexismo, que são os motivadores desse crime e podem desencadear graves consequencias para as vítimas. Segundo o sociólogo Gilberto Freyre, a miscigenação brasileira aconteceu de forma acentuada principalmente pelos recorrentes abusos sexuais as quais as escravas eram submetidas. Diante disso, cabe ressaltar que uma sociedade leva décadas para mudar seus hábitos e costumes, assim, nota-se hoje, no Brasil, que a cultura do machismo, embasada em ideologias arcaicas ainda persiste, uma vez que o crime de assédio é tão normal que de acordo com pesquisa realizada pela UOL, 70% dos casos ocorrem em ambientes públicos. Essa característica de banalidade de um crime tão grave alicerça-se também no sexismo demasiadamente presente nos setores conservadores da sociedade. Esse problema, entretanto, vem ganhando espaço e está sendo discutido nos meios informacionais, esse fato, em longo prazo e por meio de legislações específicas, como o PLS 740/2015, deve gerar mudanças no pensamento ultrapassado acerca da inferioridade feminina. Ações como essas irão mudar os dados do IPEA (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada) que afirmam que 2009 a 2011, ocorreram dezenove mil feminicídios. Além de mortes, o número de gravidez indesejada em casos de estupro, vítimas com problemas psicológicos ou DST's adquirias por atos sexuais involuntários irão diminuir até se extinguir por completo. Depreende-se, portanto, que o assédio possui graves consequencias e o debate sobre ele vem produzindo bons frutos, com isso, cabe à mídia televisiva produzir novelas e séries que mostrem casos de assédio, bem como canais de denúncia e delegacias especializadas, para pleno conhecimento dos procedimentos a serem tomados pela população. Paralelamente, programas como Bem-Estar podem inserir quadros em seu horário que mostrem casos reais de assédio, com o intuito de instigar a denúncia. As ONG's, em conjunto com as polícias civis, por meio das mídias digitais, devem criar salas virtuais de debate e troca de experiências, com páginas exclusivas para denúncias anônimas, desse modo, com o tempo, o assédio sexual será só uma página obscura da nossa história.