No século XIX, durante o Naturalismo, Aluízio de Azevedo apontou no livro “O cortiço”, a forma animalesca como as pessoas tratavam-se, sem respeitar o pudor alheio. Hoje, o que se vê, no Brasil, são os positivos aspectos da relevância do debate acerca do assédio sexual. Nessa perspectiva, faz-se necessário argumentar sobre as causas dessa problemática e os efeitos sociais. Embora a Carta Magna de 1988 garanta o respeito ao corpo do indivíduo, nota-se que diversos fatores impedem a plena realização desse direito, uma vez que elevam-se os casos de assédios sexuais contra mulheres, em locais como escolas e transportes públicos, onde as vítimas são agredidas fisicamente ou moralmente. Em decorrência disso, o debate sobre esse problema amplia-se, motivando as mulheres a exigirem medidas eficientes que garantam a integridade. Além disso, maléficas são as consequências dessa realidade à sociedade, pois se confirma o princípio de Durkheim da “Solidariedade Orgânica”, em que os problemas alheios não interessam ao ser individual, cenário análogo ao enfrentado pelo sexo feminino que não encontra respaldo social no combate ao assédio. Em razão desse fato, esses episódios de desrespeito não cessam e mais vítimas são acometidas. Assim, a nação brasileira declina nos índices de qualidade de vida. Fica claro, portanto, que é imprescindível debater sobre o assédio sexual. Para tanto, é fundamental que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, promova a discussão, por meio da inclusão desse tema à disciplina Sociologia, a fim de que os jovens não perpetuem essa realidade. Ademais, a mídia deve mostrar como as vítimas devem denunciar e se proteger, mediante anúncios e propagandas, com o fito de atenuar essa situação. Logo, tais medidas em união amenizarão atitudes naturalistas que ocorrem atualmente.