As pessoas podem sair de casa com qualquer vestimenta e não devem ser constrangidas, caso contrário, de acordo com o atual Código Penal brasileiro, a ação constrangedora configura-se como um crime e o praticante deve ser punido. Entretanto, na prática, tal medida se mostra insuficiente, haja vista que 85% das mulheres brasileiras já foram tocadas sem permissão segundo o Datafolha. Desse modo, é relevante a realização de debates, seguidos de medidas práticas para o combate do assédio sexual. Conforme o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, dessa forma, a ocorrência de práticas de assédio sexual no cotidiano é resultado da falta de informações adquiridas pelos cidadãos nas escolas e nos seus lares, especialmente acerca do respeito e da valorização da mulher. Além disso, as vítimas, constrangidas com o ocorrido, estão mais susceptíveis a desenvolver problemas psicológicos, o que impossibilita que essa pessoa tenha uma vida digna. Por conseguinte, o número de agentes que fiscalizam essas ações criminosas é insuficiente, principalmente no transporte público e nas ruas, onde ocorrem 68% dos casos totais de assédio de acordo com o jornal Folha de São Paulo. Ademais, a falta de delegacias especializadas para receberem denúncias de violência sexual faz com que muitas mulheres não denunciem o crime, com vergonha e insegurança de relatá-lo nas delegacias comuns. Fica evidente, destarte, que o Ministério da Educação deve realizar palestras e debates nas escolas, ministrados por psicólogos, com o fito de mostrar para os alunos que as mulheres devem ser respeitadas. Outrossim, a Polícia Militar, como órgão preservador da ordem pública, deve colocar policiais nos vagões do metrô e nos ônibus, com a finalidade de aumentar a fiscalização do crime de violência sexual, além de deter os praticantes. Dessa maneira, o número de crimes relacionados a esse tema tornar-se-á diminuto.