É correto afirmar que o assédio sexual sofrido pelas mulheres no Brasil representa um desafio a ser enfrentado de forma imediata em todo o país. Isso se evidencia não apenas pela número alarmante de casos registrados, mas também pela intimidação das vítimas. O filósofo Jean Paul-Sartre disse que a violência é sempre uma derrota independente da maneira como se manifesta. A máxima do autor se reflete na sociedade atualmente já que, segundo o site Agência Brasil, 86% das mulheres brasileiras sofrem assédio em público. Destarte, nota-se que há uma cultura machista que transforma a mulher em um ser submisso, que é um “valor” aprendido pelos filhos fazendo com que o quadro se perpetue. Outrossim, outro fator que contribui para um índice tão alto é o fato de as vítimas não denunciarem a ocorrência por receio de serem demitidas, haja vista que muitos casos ocorrem no ambiente de trabalho e a atual crise impede a ação de muitas assediadas por medo de entrar na estatística de desemprego nacional. Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas acerca do fato afim de impedir a sua continuidade. O Poder Executivo, na figura de Ministério Público, deve, por meio de lei específica, criar penas em regime fechado para que os assediadores sejam afastados da sociedade, uma vez que representam um perigo para todas as pessoas do sexo feminino.