É consenso que o assédio sexual no Brasil não deve ser encarado como crônico na sociedade, visto que, assim, isentar-se-iam os governantes a sociedade da responsabilidade de resolvê-lo. Essa é uma questão que não deve ser avaliada só em suas causas, mas também em suas soluções. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a desigualdade de gênero e a importâncias de denunciar esse delito. Em primeira análise, cabe ressaltar que a desigualdade de gênero é um legado de um sociedade patriarcal e machista deixada há séculos atrás e permanece muito presente nos dias atuais. Segundo dados da Organização Mundial da saúde apontam que a cada três mulheres uma sofre assédio sexual. Diante disso, é inegável permitir que uma sociedade não aceite a igualdade de gênero e ainda enxergar a mulher como subordinada ao lar e ao trabalho doméstico no momento atual em que a mulher já tem papel em destaque não só no lar, mas também em toda sociedade desempenhando todo e qualquer tipo de função que um homem desempenha. Em segundo lugar, nota-se que a maioria das mulheres não denúncia esses delitos por vários motivos, inclusive por falta de acolhimento e de profissionais preparados para tal. Comprova-se por meio de campanhas que incentivam as delações, como, Disque 100 e, ainda assim, apenas 10% de todos os casos de assédio e estupro são denunciados. Desse modo, é indispensável á criação de mais delegacias especializadas para atenderem esses cidadãos de forma solidária e com isso reverter esse quadro. Portanto, medidas eficientes são necessárias para solucionar estes problemas combatendo-os pela raiz. Com isso, é evidente que o Governo precisa colocar a educação como prioridade, emitindo recursos suficientes para os Estados e Municípios investirem em professores qualificados em ciências sociais e humanas, bem como filosofia e sociologia. Essa medida dever mirar desde a pré-escola até ensinos superiores de forma que tenha objetivo conscientizar as pessoas sobre valores de igualdade, cidadania e respeito ao próximo.