Assédio sexual: violência de gênero, de caráter depreciativo e ofensivo, não consensual. Esse conceito, muito disseminado na sociedade moderna, objetiva esclarecer às vítimas, que são na maioria mulheres, os atos de desrespeito e violência. A partir disso, torna-se mais fácil identificar os oprimidos, resguardando seus direitos perante a sociedade, e os opressores, para uma punição eficaz. Durante a antiguidade clássica, as mulheres viveram em um meio patriarcalista e repleto de desigualdades. Essa situação fez prevalecer a objetificação feminina, inferiorizando o gênero e qualificando-o apenas à alguns papéis. Em destaque, estava o papel de "servir" aos homens e receber punição ao se negar a cumprir tal função. Os efeitos desse fato perduram na sociedade atual, e é mostrado no contínuo desrespeito á mulher- em casa e na rua- e no baixo índice de denúncias feitas. Porém, esse último ocorre não só por desconhecimento dos direitos da mulher na sociedade moderna, como, também, por medo de sofrerem ainda mais violência. Buscando isonomia e igualdade, movimentos feministas vêm fortalecendo a luta contra a subordinação da mulher na sociedade, e condenando qualquer forma de opressão. Isso pode ser evidenciado, no livro de Betty Friedan "A mística feminina", que tornou-se referência na segunda onda do movimento feminista, por criticar a imposição de papéis sobre as mulheres. No Brasil, o auge da onda feminista aconteceu no período de redemocratização e teve influência positivas. Com isso, foi possível colocar em pauta a sexualidade da mulher -uso de roupas, calçados e até maquiagem- instrumentos utilizados como justificativa para a prática do assédio. Conseguiu-se, também, em 2006, a criação da Lei Maria da Penha, que pune com rigor a violência contra a mulher. Nesse contexto, faz-se necessário ampliar veiculação midiática dos direitos femininos, esclarecendo os tipos de violência e os meios "seguros" para se fazer as denúncias, tendo em vista a maior facilidade de se obter informações os dias de hoje. Assim, é de extrema importância, também, construir pilares na educação que promovam a quebra de esteriótipo pré-estabelecidos na sociedade e a igualdade de gênero, visto que a educação é o principal meio para solucionar as problemática sociais. Portanto, seguindo a lógica newtoniana, a permanência das lutas feministas é a força necessária para colocar em movimento a desconstrução artificial de uma sociedade que visa perpetuar o poderio masculino.