O assédio sexual no Brasil é um problema que se mantém em índices preocupantes. A recorrência dos casos em que mulheres sofrem constrangimento em virtude de ataques físicos ou verbais direcionados aos seus corpos torna necessária a ampliação do debate acerca dessa problemática e a revisão de valores que caracterizam o meio social. Assim, nesse contexto deve-se destacar a ineficácia do sistema educacional em combater a cultura machista vigente, bem como as consequências desse crime para as vítimas. A ineficiência do sistema educacional em tratar de questões como a igualdade de gêneros e o respeito ao próximo colabora para a manutenção dos frequentes casos de assédio no Brasil. Em decorrência disso e tendo por base o pensamento do filósofo alemão Immanuel Kant, segundo o qual "O homem não é nada além daquilo o que a educação faz dele", torna-se perceptível o papel fundamental que cabe às instituições de ensino em minimizar a cultura machista enraizada na sociedade brasileira, a qual determina a submissão do sexo feminino e a "normalização" do assédio sexual. Outrossim, as consequências causadas por essa prática criminal podem afetar as vítimas em suas vidas social, profissional e familiar, além da possibilidade de se estenderem por um longo período. O assédio sexual é capaz de atrapalhar o desempenho e o bem estar das vítimas em ambientes como os da escola ou trabalho. Ademais, esse tipo de infração, além de manter a cultura do machismo, colabora com a permanência de frequentes casos de estupro que podem deixar sequelas físicas e psicológicas permanentes nas vítimas. Vista a problemática do assédio sexual no Brasil, tornam-se necessárias medidas do poder público que visem combater a cultura de submissão da mulher. Cabe ao Ministério da Educação oferecer aulas, palestras e outras atividades em instituições de ensino, de forma à abordar temas como igualdade de gênero e conscientizar os jovens quanto a importância do respeito ao próximo. Ademais, é dever do Ministério da Justiça criar campanhas que incentivem a população à denunciar esse crime por meio de propagandas que enfatizem o caráter ilegal do assédio, colaborando para o esclarecimento da população em geral sobre esse assunto.