Idade, sexo, etnia ou classe social não são restrições para o assédio sexual. Ainda que, atinja homens e mulheres, as mulheres são as principais vítimas, em qualquer período de suas vidas. Devido a sua posição histórica inferiorizada pela cultura patriarcal e a objetificação do corpo feminino, promovido principalmente pela naturalização do machismo na mídia. Diante desse contexto, o assédio sexual no Brasil é fruto de resquícios do patriarcalismo, o assédio é uma manifestação de violência e um meio de controle do homem sobre a mulher, uma vez que, limita suas decisões inibindo –a de transitar por determinados locais, ou sair em determinados horários, além de influenciar no seu vestuário, afetando seu pleno potencial de desenvolvimento e sua liberdade. Outro fator contribuinte para a resistência do abuso é a naturalização de práticas machistas pelos meios midiáticos vinculando o corpo feminino a produtos de cunho degustativo. Não obstante, a falta de debate sobre o tema nos centros educacionais, contribuem para a perpetuação da naturalização dessa prática. Logo, não há espaço para a disseminação da cultura do consentimento, que se baseia em não tocar ou forçar uma situação sem o consentimento da mulher, mesmo que ela esteja em situação vulnerável : bêbada ou desacordada. Deste modo, para enfrentar e tentar extinguir o problema, se faz necessário, adotar medidas desenvolvidas a longo prazo e não paliativas como multas ou transportes exclusivamente femininos. Ou seja, é indispensável o fortalecimento de políticas que resguardem o direito da mulher nos espaços públicos, disque denúncias, aplicativos, seguranças. Ademais é muito importante a ação do Ministério da educação investindo em debates e conscientizações sobre perspectiva de gênero, direitos humanos e empatia. Além da proibição da vinculação de publicidade que inferiorize a mulher.