Para o sociólogo Durkheim, “a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta”. Nessa perspectiva, para formar futuros cidadãos conscientes é primordial que haja uma infância saudável. Para isso a família e a escola são peças fundamentais no direcionamento das crianças. É na primeira infância que a criança internalizará as regras sociais e alguns conhecimentos, assim, o principal responsável é a família, de acordo com o sociólogo Anthony Giddens. Dessa maneira, é importante que os pais responsáveis cumpram esse papel, contudo, é comum que muitos se eximem da tarefa, transferindo suas responsabilidades para a escola. Logo, uma das consequências é o aumento da violência contra professores causada, em sua maioria, pela falta de limites que os pais não impõem ao jovem. Por outro lado, quando a instituição familiar cumpre plenamente com seu papel um outro problema é a falta de igualdade no ensino, principalmente, público. Porque, para se ter uma infância saudável é necessário ter acesso ao conhecimento por meio de uma escola de qualidade, entretanto, o sistema público e privado é desigual impedido, conforme Platão definia, uma “cidade justa”. Uma vez que o sistema de ensino é desigual, há uma imensa dificuldade em forma cidadão conscientes, com autonomia intelectual. Dessa maneira, os cidadãos adultos estarão em sua menoridade, termo utilizado por Kant, para explicar os indivíduos que não possuem senso crítico, tornando-se assim massa de manobra, principalmente, de políticos. Por conseguinte, é possível perceber que uma infância saudável é extremamente importante na formação do cidadão. Portanto, é indispensável que o Ministério da Educação amplie o ensino das disciplinas de filosofia e sociologia, estabelecendo obrigatoriedade em todas escolas, desde o ensino fundamental, contextualizando com o cotidiano e explorando temáticas mais complexas a medida de avanço na série escolar. É necessário, também, que o MEC invista em plano de carreira para os professores, de modo a valorizar o profissional da educação, além de oferecer cursos de capacitação, a fim de elucidar e desenvolver metodologias a serem aplicada em sala de aula. Ademais, as ONGs, devem promover palestras e fóruns online com a presença de profissionais de educação infantil auxiliando os pais na educação de jovens, de modo a formar cidadãos mais conscientes que poderão participar de a uma “cidade justa”.