Um dos principais legados da Grécia Antiga, além da democracia, é a educação. O método de ensino grego envolvia o equilíbrio entre o corpo e a mente, através de exercícios físicos, discussões filosóficas e ensino da música. Dessa forma, na contemporaneidade, ainda se observa a relevância da música na educação. Todavia, aspectos como a falta de capacitação profissional e a ignorância inviabilizam o incremento da música no processo educacional. Antes de tudo, a música é fundamental no meio educativo, posto que é capaz de desenvolver outros sentidos e habilidades, assim como causar maior interesse nos estudantes. Através dela, os alunos podem desempenhar o raciocínio lógico, a capacidade de interpretar textos e, sobretudo, a criatividade. Ademais, ela também propicia um aprendizado dinâmico e ativo, além de auxiliar na internalização dos conteúdos. Afinal, conforme Rousseau, o que distingue o ser humano dos outros animais é a capacidade de aprender. Por outro lado, apesar de ser obrigatória a utilização da música nas escolas, conforme a lei 11.769, essa didática ainda é minimamente adquirida. Infelizmente, há a falta de fiscalização do processo educativo, principalmente nas escolas públicas. Consoante a isso, há poucos profissionais capacitados, tanto para o ensino da música como disciplina, quanto para seu uso em outras matérias. Além do mais, também há o desconhecimento de sua importância no âmbito educacional. Sendo assim, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC), juntamente ao Governo Federal, realize campanhas e projetos pedagógicos nas diversas instituições de ensino, com o intuito de esclarecer a comunidade docente sobre a relevância do ensino e do uso da música, além da realização de conferências educacionais com os profissionais da área, a fim de instruí-los sobre a utilização adequada e eficiente dessa ferramenta de ensino, para que o processo educativo ocorra de forma atrativa e eficaz, uma vez que, segundo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele.