Desde a Idade Média, a música tinha um papel social na educação, na qual fazia parte do quadrívio, um bloco de matérias obrigatórias nas universidades da época. Entretanto, na sociedade atual, o estudo da música é ignorado nas escolas brasileiras. Contudo o ensino da música pode contribuir para o desenvolvimento intelectual dos indivíduos e ter função social. É notório que a música está na história e cultura de um povo. Mas ela não é utilizada nas escolas brasileiras, seja por falta de profissionais adequados ou de interesse dos órgãos públicos. Entretanto, a música pode ser empregada de forma intertextual no ensino. Dessa maneira, o estudo da música em sala de aula ajudaria a construir uma relação com determinadas épocas ou região. A canção ‘Asa Branca’ de Luiz Gonzaga é um exemplo a seguir, pois ela deixa explícita as dificuldades impostas pela seca no Nordeste e a desigualdade social no Brasil. Além disso, o estudo da música auxilia a intelectualidade dos indivíduos e promove a interação social. Esses fatores são importantes, pois a música pode funcionar como um ‘fato social’ descrito pelo sociólogo francês Émile Durkheim como maneiras de sentir, pensar e agir. Por essa perspectiva, a música contribuiria para que os alunos nas escolas tivessem uma relação social, arquitetando um ambiente de aprendizagem, de motivação, e de criação de ideias, que ajudaria na formação dos indivíduos e suas ocupações sociais. Portanto, estudar a música não é apenas pela arte, ela funciona como ferramenta de aprendizagem e caráter social. Por isso, é fundamental implementar através do Ministério da Educação o estudo da música nas escolas e fora delas também, com a criação de projetos de filarmônicas para crianças em parceria com o Executivo municipal e ONGs, para que sejam fornecidos os instrumentos necessários e professores qualificados, com o propósito de promover a interação social. Dessa forma, a música voltará a ter um status social como na Idade Média e contribuirá na formação do ser para a sociedade.