A música sempre esteve presente no cotidiano das pessoas. A priori, os jesuítas, quando vieram para o Brasil no século XVI, utilizaram a música para propagar a fé e conquistar fiéis, já na ditadura militar, a música serviu como meio de protesto e referência ideológica. Destarte, independente da forma como é manifestada ou utilizada, a música é de extrema importância para a sociedade e para a construção do indivíduo, devendo, então, ser priorizada na educação com as outras disciplinas escolares e não apenas como instrumento de lazer. Nesse viés, é notória a relevância de música no contexto da sociedade e como pode ajudar na desenvoltura do ser humano, como habilidades na oratória, no relacionamento sócio afetiva, na criatividade, na concentração e na memória. Dessa maneira, em 2008, o ex-presidente Lula sancionou a Lei Nº 11769 como obrigatoriedade do ensino musical nas escolas de atenção básica; entretanto, hodierno, a música ainda é deixada em segundo plano em maior parte das escolas e é considerada apenas como uma ferramenta de distração. Além disso, convém acrescentar que a música auxilia na perspectiva de vida das pessoas como transformação social. Projetos como o “Pracatum” do cantor Carlinhos Brown e ações de ensino musical promovido pelo CRAS – Centro Regional de Assistência Social- que tem o objetivo de mostrar aos jovens e capacitá-los à uma formação abrangente como indivíduos e profissionais, vêm ajudando e tirando crianças carentes de um meio social que talvez não teriam nenhuma oportunidade nem perspectiva de vida. Porém, este conceito deveria estar enraigado em todas as escolas e no cotidiano da sociedade. Desse modo, haveria maior valorização na utilização da música na educação para o aprendizado do ser humano e no seu poder para transformar comunidades. É importante, portanto, que a Lei 11.769 seja cumprida nas escolas e que a sociedade reconheça a relevância da música na educação. Para isso, o Ministério da Educação deve disponibilizar verbas de impostos para as escolas contratarem profissionais capacitados em música com o intuito de trabalhar em conjunto com pedagogos e familiares para criarem oficinas interdisciplinares semanalmente e unir a música às outras matérias a fim de que o aluno consiga construir um aprendizado abrangente.