O Liceu era uma escola fundada por Aristóteles na Idade Antiga, contudo, essa escola em nada se parecia com as atuais e uma das diferenças era que ela pregava a música como fonte de aprendizado. O Liceu ganhou mérito quando formou um aluno que se chamaria “Alexandre o Grande”. Apesar disso, hoje a música não está mais na grade curricular das escolas, mas sua inserção seria vantajosa para a educação e cultura do Brasil. A priori, a relevância da música na educação é a valorização da capacidade estudantil. Isso ocorre porque o ensino da música em ambiente escolar coloca no educando o potencial da criação artística, assim, o jovem entende-se como participante da formação cultural do seu país. Dessa forma, com a noção de que todos podem produzir e expor seu contexto sociocultural, a música vira agregadora, assim como defendeu o movimento Tropicália, o qual visava o sincretismo cultural. Ademais, a inserção da música na educação promoverá a modernização escolar do Brasil. Isso, pois tornará o ensino dinâmico e será um meio para o melhor engajamento de alunos deficientes. Assim, a música poderá ser uma ponte facilitadora para o entendimento de conteúdos como matemática, e para a socialização, com estímulo à formação de virtudes, como o respeito. Logo, jovens autistas ou com Síndrome de Down se sentirão melhor acolhidos pelo sistema educacional brasileiro. Fica claro, portanto, que a música teria benesses para a educação e cultura no Brasil. Por isso, é papel do Ministério da Educação inserir o estudo musical na grade curricular das escolas através do repasse de instrumentos musicais, com a ajuda financeira do Programa Nacional de Apoio à Cultura, e introdução de profissionais qualificados em música. Isso deve ser feito objetivando o auxílio dessa na evolução das matérias bases, atuando assim, como facilitadora do aprendizado e como forma de valorização da cultura. Desse modo, as escolas brasileiras darão um passo para a modernização e, paradoxalmente, terá alguma semelhança com o Liceu da Idade Antiga.