Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A relevância da música na educação

Redação enviada em 29/08/2018

“Sua tônica reside fundamentalmente em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador e a criatividade”. Na famosa frase exposta, o consagrado educador brasileiro Paulo Freire deixa sua crítica ao modelo educacional vigente durante o século XX. Entretanto, desde 2008 até os dias atuais, com a implementação do ensino de música nas escolas brasileiras, o aluno passou de receptor para ator ativo no processo de aprendizagem, por meio de seu desenvolvimento crítico. Desse modo, urge a necessidade de análise da relevância da música para a educação. Mormente, é relevante ressaltar que, ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, é válido lembrar que só em meados do século XX o processo da escolarização básica no país começou. Por conseguinte, com a evolução no campo da psicologia, foi descoberto que novos métodos de ensino beneficiam a educação muito além da compreensão do conteúdo, mas também auxilia no desenvolvimento cognitivo e crítico. Com base nisso, segundo a pedagoga Maria Lúcia Cruz, especialista no ensino de música para criança, a prática da musicalidade estimula áreas do cérebro não desenvolvidos por outras linguagens, como a escrita e a oral. Em segunda instância, torna-se válido salientar que, apesar da grande evolução o Brasil ainda enfrenta problemas graves quando se diz respeito ao ensino fundamental. Não obstante, segundo pesquisa divulgada pelo site Todos pela Educação, em 2016, cerca de 34% dos jovens que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler e 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental público não dominam o uso da leitura e da escrita. Outrossim, fica nítido que apesar de mudanças na grade curricular, as crianças ainda não recebem estímulo suficiente para que evoluções significativas como a melhora da sensibilidade, da capacidade de concentração e da memória sejam notórias. Logo, assim como afirmava Freire, é necessário propor uma prática de sala de aula que desenvolva a criticidade efetiva dos alunos. Portanto, o Governo, unido ao Ministério da Educação, deve aumentar as horas do ensino de música e de brincadeiras educativas nas escolas, do maternal ao 9º ano, de forma que os alunos recebam, no mínimo, duas horas de cada matéria por semana. Desse modo, essas práticas devem ser ensinadas por educadores específicos de cada área e, além disso, seria válido propor ao menos uma vez no ano, um passeio recreativo das crianças a centros culturais e concertos. Espera-se com isso, que além de instigar as habilidades dos jovens, o Governo também ajude a gerar sonhos e conhecimento de mundo.