A música sempre esteve presente no cenário brasileiro. Desse modo, toda a história do país foi marcada pela arte musical, a saber que as maiores manifestações políticas tiveram apoio de artistas como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Caetano Veloso. Contudo, após toda a censura que essa arte sofreu, no governo Lula, em 2008, foi sancionada uma lei que prevê a obrigatoriedade do ensino de música no contexto escolar. No entanto, essa prática ainda não é efetiva, o que torna a criatividade dos alunos mediana, além de não estimular outros sentidos e estagnar a criticidade musical. Em primeira instância, é sabido que a música já é bastante utilizada na educação infantil - crianças de 2 a 5 anos-, haja vista que as músicas promovem um aprendizado sobre lateralidade, socialização dos infantes, além de desenvolver ritmo e fala adequados. Nesse ínterim, de acordo com o Conselho Federal de Educadores e Pedagogos (CFEP), a arte musical desperta os sentidos da criança, aflora a criatividade e estimula a brincadeira com outras crianças, outrossim, o CFEP também alega que a arte pode ser utilizada em todas as áreas do saber, incluindo história, ciências, matemática e, principalmente, língua portuguesa. Por outro lado, no ensino médio a presença da música é quase nula devido à escassez de professores habilitados para lecionarem o conhecimento. Dessa maneira, pode ser retratado o descaso governamental pela falta de incentivo às faculdades de música do país. Fora isso, os docentes que atuam no ensino regular não possuem conhecimentos básicos para utilizarem métodos musicais na aprendizagem, vale ressaltar ainda que a importância desse aprendizado não prevê formar músicos profissionais, mas sim incitar a criatividade, ampliar a percepção de mundo e a compreensão das letras musicais que compõem a história brasileira. Infere-se, portanto, que para efetivar o uso da música na aprendizagem, cabe ao Ministério da Educação implementar, por meio de um decreto, o uso da música na educação como componente da grade dos cursos de licenciatura, a fim de que os futuros professores sejam aptos para utilizarem a música em suas matérias. Para mais, cabe ao Governo Federal ampliar as faculdades de música do país, com o intuito de aumentar o número dos professores da área, para que por intermédio de concursos públicos, esses profissionais façam parte do corpo docente das escolas. Somente assim, a formação educacional dos alunos será plenamente composta e os resultados de criatividade serão satisfatórios, como afirma o CFEP.