Em 2008, o então presidente Lula sancionou a Lei N° 11.769, determinando assim a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas responsáveis pela educação básica (ensino fundamental e médio). Uma medida benéfica para as crianças e jovens, uma vez que o estudo da música melhora o desempenho em outras disciplinas e fomenta a criatividade e o raciocínio, porém no Brasil não há muitos professores de música adequados às normas do ensino brasileiro. Estudar música implica em aprender uma nova linguagem, onde se lê desenhos que representam tempo e sons, se conhece novas formas de passar uma identidade, pensamento, emoção ou crença. Tal ato, dado à sua complexidade, acaba por desenvolver o intelecto do indivíduo ao ponto em que o conhecimento e raciocínio adquirido pode ser aplicado em outras disciplinas como história, onde a cultura dos povos muitas vezes se reflete em sua música e matemática, onde o raciocínio de leitura e transcrição de partituras, tablaturas e cifras consegue melhorar a compreensão de equações, fórmulas, gráficos e leis da matemática. Em consequência da legislação brasileira a qual não permite que pessoas sem licenciatura possam lecionar na educação básica, há uma enorme carência de professores de música. Isso se dá porque para ingressar no curso de licenciatura de artes musicais, além do vestibular tradicional ou ENEM, o estudante precisa ter conhecimento musical consideravelmente denso pois é critério da prova de títulos, esta que serve justamente para separar "o joio do trigo". Como mencionado anteriormente, o estudo da música é de suma importância para o desenvolvimento intelectual e conhecimento cultural, logo urge sanar a falta de professores. Partindo do pensamento de Thomas Hobbes, "é de incumbência da autoridade política estabelecer a paz civil", o Governo Federal junto ao Ministerio da Educação devem modificar a Lei N° 11.769, onde não somente bacharéis possam dar aula nas instituições básicas, mas também técnicos em música. Para valorizar o aprendizado, criar-se-ia também uma campanha de valorização da música pelos meios midiáticos (TV, rádio, internet) com propagandas gratuitas do Governo e incentivo a debates em programas de auditório e jornais.