Desde a pré-história até os dias atuais, a música se faz presente no cotidiano das pessoas, apresentando-se de diferentes formas ao longo do tempo e possuindo funções específicas em cada contexto. Atualmente, essa atividade é um importante instrumento na área sócio-educacional, apresentando caráter inclusivo e criativo que, no contexto social, desencadeia grandes diferenças positivas. Embora seja um exercício extremamente construtivo, ainda há impasses que dificultam a prática musical no Brasil. Dessa forma, é necessário que propostas político-sociais sejam elaboradas para que haja o desempenho adequado da arte musical no cenário brasileiro. No Estado brasileiro, muitas instituições e projetos sociais, como o Criança Esperança, utilizam-se de variados mecanismos educacionais, entre eles a música, para desenvolver o exercício mental, criativo e, principalmente, para incluir crianças e adolescentes sem oportunidades nas práticas educacionais. Além disso, seu aspecto inclusivo pode fazer com que o índice de violência e a quantidade de vítimas das drogas diminuam nas cidades, despertando interesses e reposicionando pessoas no espaço social. Ainda que possua muitas vantagens para a comunidade em geral, o número de profissionais capacitados para o ensino de tal atividade ainda é muito pequeno, dificultando, dessa maneira, o seu desenvolvimento. Com isso, observa-se que a carência de pessoas especializadas é um dos obstáculos enfrentados pela educação musical nacional. Ainda no governo Lula, foi aprovada no Brasil a lei 11.769, a qual determina como obrigatório o ensino da música nas escolas brasileiras. Tal lei foi revolucionária no país, melhorando a capacidade de interpretação, de criação e o desempenho dos alunos em outras áreas do conhecimento pelo amadurecimento produtivo deles. Todavia, a falta de incentivo para a formação de professores de música é um problema permanente, o que, muitas vezes, justifica-se pelo baixo rendimento salarial e, ademais, a estigmatização do aprendizado dessa disciplina é presente na sociedade pelo cunho de sensibilidade contido nela. Logo, percebe-se que a falta de investimentos governamentais para a profissionalização na área e o preconceito social são fatores que afetam negativamente tal prática. Depreende-se, portanto, que medidas devem ser criadas para a resolução eficaz desses problemas. Posto isso, é fundamental que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, incentive e invista mais na formação de indivíduos na área de música por meio de financiamentos estudantis e aumentos salariais, garantindo o desenvolvimento satisfatório da atividade na educação nacional. Outrossim, é importante que as escolas, em conjunto com instituições sociais e meios midiáticos, elaborem campanhas e propagandas que exponham a importância do ensino musical para a sociedade, a fim de motivar e cessar os preconceitos existentes. Praticando essas propostas, evoluirá a educação musical no país e, consequentemente, a construção de uma sociedade mais tolerante.