É sabido que a história da república brasileira é cheia de crises políticas, e sua causa principal em comum é a má administração daqueles que possuem o dever de governar. Igualmente, a falta de senso crítico-político da população funciona como agravante. Sobretudo, o cenário político atual é de instabilidade no qual aquele no comando não governa devido ao medo constante de ser retirado do poder. Por conseguinte, as relações internacionais prejudicam-se conforme os demais países evitam investimentos com medo de uma quebra da economia. Por outro lado, a inflação aumenta, estabelecimentos fecham e o desemprego toma níveis alarmantes. Imediatamente, por ver-se desamparada, a população revolta-se contra o estado sem mesmo entender, em sua maioria, o que devem cobrar daqueles detentores do poder. “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”, a frase do pedagogo Paulo Freire deve ser acordada ao mencionar o papel do Estado em amenizar a situação: designar para que o Ministério da Educação promova um programa de educação política nas escolas integrado na base curricular, visando criar uma geração mais consciente e politizada. Ademais, como solução de curto prazo, os órgãos midiáticos podem separar uma parte de seu conteúdo para explicar, de forma impessoal, os acontecimentos políticos, recentes ou não, tornando assim a sociedade atual mais conhecimento e capaz de articular e compreender o que devem cobrar de seus responsáveis. É possível perceber, portanto, que ao formar cidadãos capazes de monitorar os governadores, eles poderão cobrá-los e o quadro caótico atual poderá ser revertido.