Ao longo da história do Brasil pudemos visualizar inúmeros momentos de instabilidade-tais quais o impeachment do ex-presidente Fernando Collor e diversos fracassos monetários.Atualmente,no limiar do século XXI,a Nação vivencia uma grave crise política concomitantemente à econômica.Diante disso,evidencia-se as alternativas da população brasileira:aproveitar a situação para amadurecer politicamente ou continuar assistindo bestializado aos acontecimentos. Em primeira análise,vale ressaltar as diferenças entre ser cidadão e exercer a cidadania.Segundo a óptica do literário Lima Barreto:”O brasil não tem povo,tem público”.Tal afirmativa corrobora a ideia de que falta educação política à sociedade essa mostra-se totalmente displicente e desconectada quando trata-se dessa questão.Sendo assim,podemos afirmar que exercer a cidadania significa não só ter o corpo presente,mas também cobrar por direitos e deveres,analisando criticamente os acontecimentos do país. Ademais,a fragilidade de ideais existentes em movimentos políticos torna-se um obstáculo ao desenvolvimento de uma consciência cidadã.Assim como o sociólogo polonês Zigmunt Bauman infere,vivemos em um período determinado como pós-modernidade,nele,os acontecimentos sociais são fluidos e se dispersam com a mesma intensidade que vem a se propagar.Dessa forma,visualizamos a inevitabilidade da desconstrução dessa natureza apolítica,intrínseca ao povo brasileiro. Torna-se evidente,portanto,a necessidade de politizar a população brasileira.Cabe ao Governo Federal,por meio do Ministério da Educação,elaborar programas pedagógicos que visem desenvolver o senso crítico desde a juventude,além de palestras pautadas na promoção da cidadania.Outrossim,é fundamental a atuação da sociedade civil,que alinhada à instituição da família,deixe de lado posturas conservadoras e promova discussões domesticas,visando informar as crianças a respeito dos acontecimentos no campo político.Destarte,a população brasileira poderá garantir o exercício da cidadania e,finalmente,romper antigos paradigmas.