Os governantes, em tese, são escolhidos pelo povo como seus representantes para moldar os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo de acordo com as necessidades da população. Entretanto, esse cenário se mostra cada vez mais evidentemente distorcido. Porém, encontra-se no sufrágio universal e na consciência eleitoral ferramentas para a retomada da moral política. Umas das crises presentes no Brasil é da perda da moral política. Com o passar das décadas, dispositivos legais foram introduzidos como válvula de escape para políticos corruptos e corruptores. É o que ocorreu com a impunidade recebida por Joesley Batista, no ano corrente, após delação premiada, assim como às articulações do presidente Temer para evitar processo judicial. Além disso, há crises no sistema de saúde, na segurança, no transporte, etc. Porém, parte da sociedade desconhece a origem desses problemas, que são os próprios governantes, eleitos pelo povo. Apesar do Brasil ser um dos países com maior taxa tributária do mundo, pois o brasileiro trabalha, em média, cinco meses anuais para pagar impostos, recebem serviços públicos desproporcionais. Desta forma, o país tem os meios para seu desenvolvimento, mas precisa de bons representantes. Esse ideal de governo, como descrito pelo ex-presidente dos EUA, Abraham Lincoln, “do povo, pelo povo, para o povo” apenas surgirá com o empenho da população. Entretanto, são poucos eleitores que fiscalizam e participam da vida política da cidade e do estado em que vivem, além de não pesquisarem sobre os antecedentes dos candidatos e seus interesses. Como resultado, grande parte da bancada política é formada por ruralistas e empresários, apesar desses setores representarem uma parte mínima dos brasileiros. De acordo com o supracitado, percebe-se a necessidade do desenvolvimento da consciência política na população. Para isso, é importante que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) introduza na grade escolar do ensino médio as ciências políticas, e que ONGs realizem palestras sobre o tema para a população carente. Desta forma, através do voto e de manifestações organizadas e objetivas que a população conseguirá êxito na remoção de privilégios e impunidades de políticos e de grandes empresários, assim como proporcionar a melhora no cenário econômico e social do país.