A ampliação da consciência política em uma sociedade se dá através da educação, e, no caso de países onde a corrupção infelizmente ainda tem bastante espaço, como o Brasil, resulta em mais insatisfação da população, uma vez que ela não se desatenta mais aos mesmos erros de administração que ocorrem nas esferas dos três poderes, propostos pelo filósofo iluminista Montesquieu. Desse modo, os protestos de suas mais variadas formas se disseminam pelo território nacional e fomentam as crises políticas. É valido destacar que muitos cidadãos, desiludidos com o real poder de seu voto, acabam simplesmente não comparecendo à votação, e pagam uma multa posteriormente, convertendo seu protesto em mais dinheiro para os partidos políticos, visto que este é distribuído entre os mesmos, por meio do fundo partidário. Nesse sentido, torna-se essencial o conhecimento do sistema político, para todos os indivíduos votantes, com o intuito de prevenir que ao demonstrar insatisfação com as ações governamentais, os brasileiros não acabem “incentivando” os políticos corruptos a continuarem deixando-nos insatisfeitos. Quando o caso de protesto é o do conceito mais difundido, com a população nas ruas, com faixas, pedindo diretamente melhorias para os governos, deve-se ater a dois possíveis protestantes: aquele que sabe, de fato, qual o é motivo de sua insatisfação e pede medidas precisas para resolver o problema, e aquele que está insatisfeito com absolutamente tudo, e quer mudar desde a constituição até o sistema político, mal sabendo ele que as coisas não são tão simples assim. A primeira descrição deveria caber a todo protestante e isso pode ser alcançado em médio prazo com mais investimentos em educação. Em vista disso, o Poder Legislativo, em parceria com o Ministério da Educação, deve formular projetos de lei que incluam na grade curricular do Ensino Médio matérias que priorizem o desenvolvimento do aluno como cidadão, para que ele saiba lidar com a burocracia que terá que enfrentar ao entrar na vida adulta. Além de o Governo Federal ter de rever a regulamentação acerca do fundo partidário, haja vista que esses recursos seriam melhor utilizados no desenvolvimento intelectual de nossos futuros eleitores e governantes, a fim de amenizar as futuras crises políticas brasileiras.