Na Roma Antiga os cidadãos possuíam pleno direito à participação política, todavia, poucos cumpriam os requisitos para ser um cidadão, dessa forma, o único momento em que a massa participava das decisões era nos plebiscitos, provenientes da palavra plebeu.Os direitos políticos para todos foram conquistados por meio de revoluções como a francesa que influenciou todo o globo no século XVIII, atualmente, os brasileiros se distanciaram tanto dos seus direitos quanto de seus deveres. Há razões sólidas para esse fato, após trezentos anos de império, seguidos pela República do café com leite, Estado Novo e mais vinte anos de Ditadura Militar, a democracia no Brasil é considerada recente, logo, a consciência de participação ainda não está aflorada, poucos conhecem seus direitos e sabem como alcançá-los.Sem representação por tanto tempo, parte da população passa a depender da iniciativa privada e durantes as crises, principalmente econômicas, não consegue ter acesso a essa segunda via enquanto a parcela dependente do setor público tem seu sofrimento agravado com a maior falta de verba, nesse momento, a reflexão sobre o sistema tem seu início. Essa reflexão é superficial e vaga pela falta de conhecimento da Constituição, a sociedade pode ser facilmente manipulada por falsas notícias em sites não confiáveis e por canais de televisão que podem estar envolvidos nos esquemas corruptos.Apesar disso, há um espírito na sociedade que almeja mudança, desde a eleição de Jânio Quadros com seu slogan de varrer a corrupção, percebe-se que há certo interesse, entretanto, não o suficiente para fiscalizar os candidatos após serem eleitos, se tornando fácil para políticos mal intencionados se manterem no poder, utilizando-se de meios populares como a música, essencial para a eleição de Getúlio Vargas mesmo depois de ter imposto uma ditadura. Analisando essas vertentes, a sociedade brasileira possui determinada consciência política que não consegue se desenvolver pela falta de meios e ao considerar o número de investigados no Governo, a mudança não partirá deles, portanto, cabe a parcela da população que possui mais estudo sobre a Constituição, como os advogados, levarem seus conhecimentos por meio da internet, palestras nas escolas ou apenas em conversas no dia a dia.Ademais, as ONGS como a Transparência Brasil que fazem um trabalho essencial mas são pouco reconhecidos, podem ser unir e criar um site onde disponibilizem todas as suas informações, além de criarem um setor de publicidade que divulgue suas ações, aumentando o acesso e mostrando que independente de quem seja eleito, o poder sempre deve estar na mão do povo.Assim, com a sociedade cumprindo seus deveres e lutando pelos seus direitos, a democracia acontecerá verdadeiramente.