A consciência política da população brasileira, pelo reconhecimento da titularidade do poder político e da sua importância no desenvolvimento da nação, gera uma rejeição aos governos corruptos e aos que não a representa, ocasionando, assim, uma crise em todo o sistema representativo. É expresso no maior documento democrático brasileiro que todo poder emana do povo que o exerce de forma direta, nos termos da constituição, ou de forma indireta, por representantes eleitos. Portanto, ao votar, espera-se que o político eleito represente a vontade daqueles que nele votou, buscando sempre a finalidade pública, embora em muitos casos, não ocorra. Uma população sem consciência política não rejeita governos que não a represente, sendo explorada pelo estado. Porém, no momento em que há o reconhecimento da titularidade do poder, há uma revolta, a qual é externizada através de manifestações, pacíficas ou não, podendo ser reprimidas pelo uso da força policial, situação vivida, nos dias atuais, pela Venezuela. No Brasil, o auge das manifestações ocorreu nos anos de 2013 e de 2015. Com o lema, “o gigante acordou”, expressão que marca o despertar da consciência política de uma das maiores populações do mundo, milhares de brasileiros foram à rua, com destaque para a população mais jovem, buscando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que acabou acontecendo momentos depois. Dito isso, é necessário que a população sempre se reconheça como titular do direito político para que possa ter representantes honestos e que busquem o bem estar dela, caso contrário, estará sempre fadada às crises políticas.