Não se limita ao Brasil os cataclismos políticos que, aliás, têm abalado todo o mundo, especialmente a partir desta década em que vivemos. Tais são os mecanismos prenunciadores das profundas modificação que erguerão as sociedades do mundo à novos patamares de entendimento e responsabilidade pessoal. As ocorrências mais destacadas nesse cenário político caótico em que vivemos não apresentam novidades históricas senão a de que, atualmente, são muito mais facilmente noticiadas e, por isso mesmo, dão impressão de ocorrerem com muito mais frequência. São muitos os países do mundo, inclusive os aparentemente organizados e sólidos como a Coréia do Sul, cuja presidente sofrera, recentemente, impeachment, que começam a dar mostras de fragilidades arraigadas às suas estruturas governamentais. Além disso, a polarização de entendimentos políticos, à guiza de reprodução imperfeita da Guerra Fria, que dificulta diálogos e fortalece a cisão social, vem solapando a estabilidade de países como os EUA por meio de figuras como o próprio presidente, Donald Trump, visto por uns como um grande reformador, por outros como presságio apocalíptico. E é essa a tsunami de ideias que tem atingindo o Brasil, mais ou menos, nos últimos quatro anos. Por isso, podemos considerar muito frutuoso o momento em que se encontra o Brasil na atualidade no sentido de que o surgimento de novas modalidades de pensamentos e estratégias políticas traz à tona grandes possibilidades de conscientização e reformas sociais legítimas. Levando-se ainda em conta a dominação cultural de esquerda em meios culturais e acadêmicos, podemos facilmente entender como muito positiva a flexibilização de ideias propiciadas pela ascensão do liberalismo e do conservadorismo na cultura brasileira, de modo a facilitar diálogos e dar ensejo a novos contextos identitários políticos ao país. Dessarte, percebemos a necessidade de o Ministérios da Educação fomentar debates políticos e culturais, desde as escolas até as universidade, como também em meio televisivo, salvas as proporções de cada âmbito, de tal maneira que a população alvo tenha ao menos uma mínima noção acerca do que se passa e de suas responsabilidades pertinentes à política. Aos cidadãos cabe a tarefa da conscientização pessoal através do envolvimento voluntário nas questões que afetam a sociedade em todos os níveis por meio de debates, leituras, diálogos e do exercício respeitoso e cônscio da exposição de suas opiniões.