Título da redação:

Desilusão: Nulo eu, branco você, na dança da eleição

Proposta: A relação entre as crises brasileiras e a consciência política na sociedade

Redação enviada em 06/09/2017

Desilusão: Nulo eu, branco você, na dança da eleição Um recente impeachment, grandes reformas políticas e inúmeros conflitos entre a bipolarização ideológica “esquerda-direita” formam o cenário atual. Sem dúvidas, não seria exagero dizer que o país está entrando em uma profunda crise política e econômica. É nesse contexto que se manifesta uma situação preocupante por parte da população: A descrença do braseiro na política nacional. O povo fala e a mídia confirma: “todo político é ladrão”. Não é por acaso que candidatos como João Dória—PSDB renunciam tal título. “Não sou político, sou um gestor”, diz o atual prefeito de São Paulo. O linguista americano Noam Chomsky alerta sobre essa questão. O autor argumenta, em seu livro “O Lucro ou As Pessoas”, que a descrença popular na política gera abstenções nas votações. Coisa que não beneficia a população em nada, visto que o voto é um dos maiores instrumentos democráticos do povo. Entretanto, é necessário destacar que a instabilidade política tem um lado bom, porque incentiva as manifestações populares das pessoas que ainda possuem um pouco de esperança. Como aconteceu em 2013, quando milhares de jovens foram às ruas reivindicar a redução do preço das tarifas de ônibus. Sob uma ótica social, as crises podem ser consideradas boas para pressionar a sociedade quanto ao seu papel na busca por seus direitos constitucionais. Já que, nesses períodos, o não cumprimento dos deveres estatais com a população são facilmente perceptíveis. É um esclarecimento que não deveria existir em tempos de crise, mas o tempo todo. Seria, portanto, ideal apostar nesse senso de percepção popular. Isso implica num investimento mais sério na educação pública de base. Outra medida relevante para tanto é a inclusão de matérias sobre o funcionamento político do país, que inclui aulas sobre a tripartição dos poderes, da constituição e dos direitos garantidos por esta. A educação possui o caráter de formar cidadãos mais participativos no âmbito político ao garantir-lhes acesso à informação. Ajuda no funcionamento da democracia e, com certeza, diminui a incidência de votos nulos e brancos.