Desde a República Oligárquica, a classe dominante representada pelos coronéis condicionou a população à permanecer alienada e, assim, manipular o pleito eleitoral, a fim de garantir a perpetuação da elite no poder. Apesar de nos dias atuais haver meios de impedir a alteração dos votos, como o uso de urnas eletrônicas e a legitimidade do voto secreto, ainda há a ocorrência de políticos indevidos no poder. Dessa maneira, a situação caótica, pela qual o Brasil vivencia, atualmente, é o reflexo da precariedade de desenvolvimento crítico, por parte dos eleitores, como também o desejo dos representantes públicos de obeter prestígio financeiro de forma rápida e fácil, mas desonesta. Nesse contexto, a defasagem de uma consciência política capaz de questionar e debater os motivos que levaram o cidadão a eleger determinado candidato estimula a vitória de políticos, os quais desviam recursos para benefício próprio. Além disso, a conjuntura atual causa o desinteresse pelo conhecimento acerca da administração no Brasil, já que há a formação de esteriótipos, como a associação da corrupção à imagem do político. Isso é representado quando, muita das vezes, no dia do pleito, o cidadão não sabe quem irá votar e, ainda, não se preocupa com tal situação, visto que acredita que todos são igualmente imorais. Ainda convém lembrar que a discussão sobre a corrupção remonta a Antiguidade Clássica, sob o ponto de vista dos filósofos socráticos. Segundo Aristóteles, o conceito de justiça é baseado no bem estar coletivo, o qual é alcançado, através da aplicação da vistude. Isso significa que os cidadãos deveríam privilegiar os interesse públicos em detrimento dos particulares, como também estabelecer o equilíbrio entre o excesso e a falta e, assim, controlar os impulsos e manifestar a razão. Entretanto, a maioria dos políticos brasileiros demonstram a falta de ideologias referentes à harmonia da sociedade, nas esferas da educação, saúde, infraestrutura e economia. Outro fator existente são as consequências geradas pela corrupção do governo no Brasil. O descompasso político ocasionou a saída de diversas empresas do país, como a General Electric, visto que houve o recuo do PIB (Produto Interno Bruto) e, também, a diminuição do poder aquisitivo da população, por causa das elevadas taxas de desemprego. Além disso, tal crise econômica e política gera a emigração de trabalhadores em busca de estabilidade social e melhores empregos e, também, há a saída de cientistas de universidades, as quais tiveram corte de verbas, sob a justificativa de atenuar a instabilidade nacional. Sendo assim, é essencial que as escolas promovam palestras ministradas, por historiadores e sociólogos, à comunidade, a fim de orientá-la a escolher corretamente seus candidatos e, ainda mais permitir o desenvolvimento do senso crítico, por meio da análise das propostas dos polítcos e do questionamento quanto à aplicabilidade dos projetos. Ademais, é preciso que a família oriente seus filhos ao aperfeiçoamento dos valores necessários ao bem estar social, a exemplo da honestidade, altruísmo e humildade, com o objetivo de formar cidadãos mais éticos e morais e, portanto, constituir uma sociedade mais coesa e harmônica.