É valido destacar que corrupção é o rompimento com a moral e com a ética. Adiante, no filme “O lobo de Wall Street’’, o protagonista consegue enriquecer ilicitamente e suas ações demonstram que ser desonesto é inteligente. Todavia, o mundo não funciona se a maioria das pessoas não seguirem as regras, é um equívoco relativizar os erros em prol de interesses particulares. Nesse contexto, a principal crise brasileira está ligada à falta de ética da população do qual o Congresso é apenas um espelho. De acordo com Aristóteles, ninguém nasce ético e, por isso, é necessário que as pessoas sejam educadas por meio da escola e dos familiares. Entretanto, muitos brasileiros são hipócritas porque criticam a ética dos governantes, mas se abstêm quanto à análise individual das suas ações famigeradas como atrasar prazos, sonegação de impostos e de compra por vagas em universidades. Em adição, na obra de Sérgio Buarque sobre a cordialidade do brasileiro, é exposto um desarranjo cultural no país no que tange ao público e privado, ou seja, ocorre a institucionalização do ilícito. Outrossim, para Gary de Mar, a mentalidade pós-moderna nega a verdade universal e, assim sendo, não existe uma base sólida, as pessoas ficam confusas, ou seja, acham comuns os desvios legais em que os enganadores derrotam a consciência dos enganados e podem continuar o comportamento, caso exista a perda de esperança em resolver a problemática. Assim sendo, ser relativista é não acreditar que existem diferenças entre políticos honestos e corruptos. Destarte, os governantes querem eleitores ignorantes que pouco participam, pouco conheçam sobre o sistema político, econômico e social e os quais desconheçam seus direitos e seus deveres. Isso posto, os pais devem educar as crianças sobretudo por meio de bons exemplos a fim de que elas possam seguir valores e padrões moralmente absolutos. Adiante, as escolas podem debater sobre ética por meio de filmes, telenovelas e documentários, pois a educação pode tornar o desvio legal uma exceção em uma sociedade que aprenda a respeita as regras. Em síntese, os brasileiros devem se opor aos atos ilegais presenciados. Assim, se alguém fizer algo errado como pedir para aumentar a nota na escola ou furar a fila, os outros devem reprimir, pois quem consente corrobora para a ausência de paradigmas. Finalmente, as normas tentam resolver como o indivíduo convive com o seu egoísmo e com o do próximo, a fim de tornar a vida válida.