É incontrovertível que, atualmente no Brasil, a crise política estabelecida pela corrução é um problema bastante presente. No entanto, a lenta alteração da mentalidade social em relação a política dificulta a resolução desse impasse. Primordialmente, é válido ressaltar que a corrupção tem como principal consequência a perde de eficiência econômica, mais do que isso gera uma progressiva perda de confiança da população no Estado, na lei e na própria democracia, uma vez que há percepção de que não funcionam. Neste contexto, as teorias filosóficas políticas do iluminismo, expressando que a política deveria beneficiar a população fazem-se presentes e necessárias, visto que proporcionam uma melhor compreensão da atual crise política que abrange o país. É importante destacar, que sempre haverá algum indivíduo que ceda à tentação do crime de corrupção, principalmente se ele estiver em posição de poder, como por exemplo, os deputados e senadores que foram eleitos por voto popular. Neste cenário, pelo ideário Machadiano do homem como ser imoral e desprovido de virtudes, é possível analisar bases intrínsecas referentes à corrupção. Outrossim, o desprezo disseminado à lei é ainda um convite a desobediência, pois, se parte da população não segue a legislação para obter vantagens, não há motivações para os demais segui-las. Destarte, medidas de intervenção são necessárias para resolver a problemática. Diante dos argumentos supracitados, é inegável que o Poder Legislativo em conjunto com o Poder Judiciário deve aprimorar as leis anticorrupção, com intuito de extinguir a corrupção na política brasileira, de modo que os corruptos sejam impedidos de se reelegerem. Ademais, é importante que o Ministério Público realize uma severa fiscalização dos órgãos públicos buscando evitar desvios financeiros.