Segundo a declaração da independência americana, que é a base da própria constituição brasileira, o estado deve garantir os direitos de liberdade e a busca da felicidade da população. Porém, quando esses direitos não são devidamente respeitados, e o Estado não fornece a plena transparência de governo, geram-se as crises, que são intensificadas pelas divergências ideológicas. Sob essa perspectiva, a sociedade vive um período de instabilidade política, econômica e social em que a consciência política do brasileiro se mostra significativa diante das crises. Historicamente, a posição da sociedade se manteve oprimida e sem reação. Entretanto, no ápice da instabilidade, ela se mostrou efetiva, como no caso das Diretas Já, no qual a insatisfação para com o governo vigente desafiou a "pacificação" do povo quanto ao âmbito político. Assim, nos dias atuais, o cenário é semelhante, já que a população aumentou sua participação na situação do país. Dessa maneira, em situações como a que o Brasil vive, John Lock, filósofo iluminista, afirma que a sociedade deve exigir que o estado garanta todos seus direitos, mesmo que para isso seja necessário a destituição de um governante ou revoltas. Porém, é importante ressaltar que a sociedade brasileira caminha na via contrária ao progresso, já que se polariza e fica contra si mesma ao invés de unir-se para encontrar meios de atingir a estabilidade do país. Exemplo disso foram as ondas de manifestações em relação ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, as quais objetivavam atingir grupos ideológicos e não as questões de corrupção denunciadas. Dessa maneira, a sociedade permanece estagnada em uma guerra ideológica sem fim, evitando uma harmonia social. Em suma, as crises e a consciência política divergente do brasileiro geram um cenário caótico e sem solução. Afim de mudar esse paradigma, o Governo Federal deve promover uma maior transparência, sendo responsabilidade de um grupo formado por servidores ligado ao Ministério Público revelar à sociedade documentos relacionados às situações econômica e política, tanto disponíveis na internet quanto divulgados pela imprensa , visando evitar a corrupção. Além disso, as escolas devem estimular uma maior consciência política aos alunos a fim de conscientizá-los politicamente, através de debates nas salas de aula que envolvam reflexões sobre as situações políticas da história e da atualidade.