Ao longo do processo de transição ao mundo capitalista, no século XVI, o pensamento de uma sociedade baseada no consumo se consolidou e permaneceu forte. A produção de bens ultrapassa a demanda necessária da população, que ingere e descarta muito mais que deveria. Com isso, surge a problemática da superprodução de resíduos urbanos, amontoados de lixos com destinos incertos e duvidosos. Colocando em cheque a posição do homem que, até o momento, age de forma excludente do cenário mundial. É indubitável que a questão do lixo é retratada há muito tempo, em campanhas, divulgações e palestras. Porém, a responsabilidade social não se aplica ao que é recomendado. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a quantidade de comida jogada fora é suficiente para alimentar mais que o dobro das pessoas que, hoje, sofrem com a falta de alimentos. Tendo em vista tamanho desperdício, o consumismo tem forte influência no pensamento e nas atitudes do indivíduo. À medida que novos produtos são colocados no mercado, os considerados “velhos” devem ser descartados rapidamente, com a ajuda da divulgação, o público se expande e compra cada vez mais. Logo, se há mais compra, há mais produção e, consequentemente, haverá mais eliminação. Outrossim, destaca – se à falta de fiscalização do destino dos resíduos urbanos. Muitos desses vão parar nos oceanos, comprometendo o meio biológico. Outros, quando descartados indevidamente podem ser prejudiciais à saúde e a natureza, como é o caso do lixo tóxico, produzido em grandes quantidades no uso de pilhas, baterias e agrotóxicos. Portanto, a fim de diminuir os impactos causados e prevenir os futuros, o Governo, a sociedade e a mídia devem agir em prol da manutenção da realidade social. O primeiro, na criação de projetos de reciclagem e controle do lixo, afim de diminuir a produção. A segunda, no incentivo as práticas sustentáveis, como a coleta seletiva. E a última, na maior divulgação às causas ambientais e na diminuição de propagandas que promovem o consumismo.